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Regresso às aulas. Escolas incapazes de cumprir distâncias

Regresso às aulas. Escolas incapazes de cumprir distâncias
Marcos Borga

Tamanho das turmas e das salas de aulas não permite um metro entre alunos. Diretores esforçam-se para aplicar diretrizes

Muitas escolas não estão a conseguir adotar uma parte das diretrizes recomendadas pelas DGS, em conjunto com o Ministério da Educação, principalmente quando toca a salvaguardar pelo menos um metro de distância entre alunos na sala de aula. É essa a maior preocupação das direções dos agrupamentos, que estão neste momento a adaptar as orientações às realidades das suas escolas, implementando regras de desfasamento de horários de entrada, de saída e de almoço, por forma a evitar aglomerações e cruzamentos de alunos de turmas diferentes.

Em Matosinhos, no Agrupamento de Escolas Gonçalves Zarco, este ano letivo não há mais professores nem menos estudantes, pelo que as turmas continuam com 28 alunos, e “é impossível manter o distanciamento de um metro”, garante o diretor, José Ramos. A acrescentar às dificuldades, a escola tem pouco arejamento, porque, “apesar de ter sido requalificada pela Parque Escolar, as janelas são basculantes e, portanto, só abrem cerca de 10 centímetros, dificultando uma ventilação conveniente”, assegura. Na escola há mesmo salas que “só funcionam com ar ventilado e, de acordo com as orientações da DGS, isso está proibido”.

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