Um grupo de nacionalistas da autodenominada ‘Resistência Nacional’ reuniu-se no último sábado junto à sede da SOS Racismo, em Lisboa, com máscaras brancas a cobrir-lhes o rosto e munidos de tochas. A SOS Racismo descreve a ação como uma “parada Ku Klux Klan” e os seus juristas estão a preparar uma queixa para apresentar ao Ministério Público por ameaças à integridade física, ofensas morais, danos patrimoniais e incitamento ao ódio e à violência. “Não me apanharam na sede porque aquilo foi à noite. Mas a vizinhança relata que não só fizeram a parada como entoaram ameaças e cânticos racistas, nomeadamente dirigidos a mim e à SOS Racismo”, conta ao Expresso o dirigente Mamadou Ba.
O objetivo da ação dos nacionalistas era protestar contra o “racismo antinacional” e prestar “homenagem aos polícias mortos em serviço”, segundo o que o grupo anunciou na sua página de Facebook, acrescentando: “A sede da SOS Racismo recebeu hoje uma visita nossa”. A ação foi o corolário de uma série de outros episódios descritos por Mamadou Ba como “ameaças diretas”. Na noite de 17 para 18 de julho, recorda, a fachada da sede foi “pichada” com a inscrição ‘Guerra aos Inimigos da Minha Terra’, uma inscrição “muito parecida com as que apareceram um mês antes noutras zonas da Área Metropolitana de Lisboa, com ameaças racistas e explícitas de morte”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hgomes@expresso.impresa.pt