
Empresa foi nacionalizada há um ano, mas pouco se sabe. SIRESP vai funcionar como até aqui, sem mudanças estruturais
Empresa foi nacionalizada há um ano, mas pouco se sabe. SIRESP vai funcionar como até aqui, sem mudanças estruturais
Coordenadora de Política
Há três anos que a rede de emergência nacional anda nas bocas do mundo, sobretudo pelas falhas no incêndio de Pedrógão Grande. À discussão sobre a capacidade quando há grandes incêndios — que muitos põem em causa incluindo técnicos que assessoraram o Governo —, juntou-se a solução para a empresa. A nacionalização foi há um ano, mas as contas da SIRESP, SA, a empresa que gere a rede de emergência, continuam envoltas em mistério.
O último relatório e contas entregue é o de 2018, antes da nacionalização, e já mereceu reservas do auditor. Tudo por causa do negócio com o Estado para a compra de antenas satélite e geradores a gasóleo, a chamada “rede de redundância”, que funciona quando a rede base falha. A empresa comprou as antenas e os geradores sem que o Tribunal de Contas tivesse dado visto prévio. O visto acabou por ser sempre recusado e foi a partir daqui que se desenrolou a nacionalização. A Altice e a Motorola, que então detinham a maioria do capital da SIRESP, ameaçaram que iam cortar o sinal de rede, argumentando que tinham comprado os novos equipamentos em acordo com o Governo e não tinham como cobrar o seu uso ao Estado. A solução encontrada foi a compra da SIRESP, SA. A empresa que já era opaca em contas, assim continuou.
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