Um desafio por dia em 720 horas, para fazer ligado à rede de amigos que a internet permite revisitar sem presença física. É este o mote da aplicação que quer manter os jovens conectados, embora mantendo o distanciamento que a nova pandemia exige.
Numa altura em que o isolamento em crianças e jovens - e a relação apertada com a saúde mental nestas idades - está a ser alvo de análise e de escrutínio mediático, com o surgimento de vários ajuntamentos entre jovens nas últimas semanas, a Payback Challenge “incentiva os jovens a responder a desafios e, por sua vez, a desafiar outros a completar estas tarefas” com o objetivo de combater o isolamento social nestas faixas etárias, garantindo-lhes saúde física, mas também mental.
Uma simples caminhada com um amigo com quem não se está há muito tempo ou, através de videochamada, ver a série preferida com alguém são dois exemplos dos 31 desafios que a app vai lançar - um por dia - aos jovens que aderirem a esta campanha do Movimento Transformers, um movimento nacional de voluntariado, recomendado pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, com sede no Porto e cerca de 50 voluntários e 600 aprendizes.
Para participar no desafio basta descarregar a aplicação ou aceder online, registar uma alcunha e completar o desafio diário. Quando o desafio estiver concluído, o feito deve ser partilhado nas redes sociais, através de uma imagem ou vídeo, acompanhado pela hashtag #paybackchallenge, para, com isso, fomentar o payback (retribuição), numa espécie de corrente.
“A nossa equipa de aprendizes identificou o isolamento social nestas faixas etárias como um problema com vários efeitos negativos para a saúde mental de todos. Lançamos agora estes desafios para que os jovens possam ser parte ativa do processo”, explica Inês Alexandre, CEO do Movimento Transformers.
Tal como acontece com os desafios, também todo o funcionamento do movimento se prende com o conceito de retribuição. Os mentores, voluntários, dão aulas semanais de diferentes talentos (culinária, futebol, kickboxing, remo, surf, expressão musical, teatro, meditação, fotografia, etc.) a grupos de aprendizes, essencialmente crianças e jovens em risco. Esses grupos de aprendizes, ao longo do ano, devem identificar um problema social e resolver esse problema através da atividade que lhes foi atribuída.
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