Hazel Behan estava a dias de completar 21 anos quando foi atacada no apartamento onde morava na Praia da Rocha, no Algarve, por um homem que a violou e espancou e nunca foi identificado. A vítima, então uma jovem irlandesa a trabalhar para uma agência turística, contou ao jornal britânico "The Guardian" que foi atacada em 2004 quando regressava ao apartamento, a meia hora de carro da Praia da Luz, à uma da manhã. “Estava a dormir quando acordei com uma voz a chamar o meu nome. Virei-me e vi um homem com uma máscara e um machete na mão”.
De acordo com o relato da vítima, o homem falava inglês com sotaque alemão e tinha olhos azuis e sobrancelhas louras. Tinha também uma marca ou uma tatuagem na coxa direita. Estas descrições físicas coincidem com as de Christian Bruckner, o alemão de 43 anos que está a cumprir uma pena de sete anos de prisão na Alemanha por ter violado uma mulher americana em Portugal um ano depois deste ataque, em 2005.
Tal como aconteceu no ataque à americana de 72 anos, o agressor usou uma câmara de vídeo para filmar a violação e amarrou e chicoteou a vítima antes de a violar. Por isso, Hazel Behan pediu às autoridades que reabrissem o seu caso. Em Portugal, o caso já estará prescrito.
A violação e as agressões prolongaram-se por mais de quatro horas e a mulher chegou a pensar que seria morta depois de ter sido arrastada para uma divisão e tapada com um lençol. Mas nessa altura o atacante fugiu. A vitima chamou então a polícia e, segundo relatou ao Guardian, foram recolhidos vestígios biológicos na cama que poderão ser comparados com os de Christian Bruckner. “Quando voltei à casa com os meus pais, encontramos uma unha minha na cama, por isso não sei se a recolha foi bem feita”.
Megan Já prestou declarações à Metropolitan Police que lhe disse que iria contactar a Polícia Judiciária.
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