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Covid-19. Como vencemos ou controlámos outras epidemias

Covid-19. Como vencemos ou controlámos outras epidemias

Olhar para o passado pode ser uma boa lição para saber as estratégias de contenção dos vírus que tiveram mais sucesso

O isolamento é uma estratégia adotada desde a Idade Média para travar a propagação de bactérias e vírus. Resultou no passado, durante a peste negra ou na chamada “gripe espanhola”, salvando comunidades que ergueram muralhas à sua volta, e está agora a ser usada em quase todo o mundo. O êxito no controlo da SARS em 2002/2004 deveu-se em parte à separação das pessoas infetadas das restantes. As medidas sociais e sanitárias, a par da imunidade — criada naturalmente em resultado do contacto com o vírus, mas demorada no tempo, ou a promovida pelas vacinas — juntamente com a resposta hospitalar e a coordenação musculada de meios são as melhores ferramentas para controlar uma epidemia. Mas os especialistas alertam que raramente podem considerar-se eliminadas porque os vírus e as bactérias continuam por aí. Ainda em 2017 foram reportados casos de peste negra, em Madagáscar.

A síndrome respiratória do Médio Oriente espalhou-se por 27 países e provocou a morte a mais de 850 pessoas. Apesar da redução de propagação, em 2019 foram ainda reportados 212 casos: 198 na Arábia Saudita e os restantes em países vizinhos. “A MERS não se tem disseminado mais porque foram prontamente detetadas as pessoas doentes e a taxa de transmissão é reduzida”, explica Nuno Taveira, virologista e professor do Instituto Universitário Egas Moniz. O contágio é feito apenas por pessoas em estado avançado da doença, o que explica o número elevado de transmissões nos hospitais. Na Coreia do Sul, onde se registou um surto, as medidas de confinamento, adotadas entre maio e dezembro de 2005, que fecharam em casa 16 mil pessoas, travaram a doença. No final, apenas 186 foram infetadas.

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