Pico pode ter passado, mas o potencial pandémico mantém-se. Especialistas receiam que a população ache que o pior já passou
A evolução diária do número de novos casos de covid-19 em Portugal começou a diminuir e é isso que tem levado os especialistas a apontar para a possibilidade de se ter atingido o pico já no final de março. Só que, para já, isso ainda diz muito pouco. “Dizer que não há um crescimento exponencial não é o mesmo que dizer que estamos numa situação descendente quando, na verdade, ainda não temos uma descida robusta”, alerta Ricardo Mexia, epidemiologista e presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública. “Receio que esta ideia de que o pico possa ter passado crie na população um alívio e é muito importante que não seja feita uma interpretação abusiva. Este dado ainda não pode ser visto com otimismo, apenas com confiança.”
Os dados sobre os novos casos confirmados, divulgados diariamente pela DGS, são diferentes dos dados relativos ao início dos sintomas dos doentes com covid que os peritos usam para medir a curva epidémica real. Com base no que é publicado pela DGS, é possível ver que desde 31 de março, quando se registaram 1035 novos casos, a tendência tem sido decrescente (ver gráfico), com uma taxa de crescimento diária a rondar os 7%.
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