Foi em 1969 que o Governo de Marcello Caetano aprovou o diploma para a construção de um novo aeroporto em Lisboa. Nesse documento, o Executivo sublinhava ser preciso enfrentar “rapidamente” o “importante problema nacional” que era então o aumento do tráfego aéreo na capital portuguesa. Nessa altura, esperava-se que o Aeroporto de Lisboa fosse movimentar quatro milhões de pessoas no ano de 1975. Um ano depois da aprovação do diploma, em 1970, mais de 2,2 milhões de pessoas aterraram e levantaram voo em Lisboa — mais de 3,35 milhões em todos os aeroportos do país, segundo a Pordata. Mas as previsões do Governo estavam erradas: em 1975, a Portela estava ainda longe da fasquia dos quatro milhões, um número que só atingiu em 1988.
Isso não significa que o uso do avião como meio de transporte não tenha aumentado de forma consistente: os três principais aeroportos do país — Lisboa, Porto e Faro — têm crescido ininterruptamente desde 1970, e em conjunto com os outros aeroportos portugueses chegaram aos 59,12 milhões de utentes em 2019, segundo dados recentes divulgados pela empresa Vinci, dona da Aeroportos de Portugal (ANA). O Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa) passou a fasquia dos 30 milhões de passageiros, com um crescimento de 7,4%, e o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, cresceu ainda mais: 9,2%, com 13,1 milhões de passageiros. No resto do país, Faro cresceu 3,7%, a Madeira 0,7%, e os Açores 6,2%.
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