Sociedade

Sindicato da PSP “espera” que polícia acusado de espancar mulher negra não tenha apanhado “doenças graves”

Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública publicou imagens dos ferimentos do polícia acusado de ter agredido uma mulher na Amadora e diz que há uma campanha em curso de “ódio aos brancos”

Sindicato da PSP “espera” que polícia acusado de espancar mulher negra não tenha apanhado “doenças graves”

Marta Gonçalves

Coordenadora de Multimédia

O Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública publicou nas redes sociais imagens que diz serem dos ferimentos do agente envolvido no caso. O post é acompanhado de um breve texto: “As melhoras ao colega e espero que as análises sejam todas negativas a doenças graves”.

No mesmo post, o sindicato critica ainda a defesa da mulher, que considera que está a ser “orquestrada pelo ódiomor de brancos”.

Nas imagens do post são visíveis marcas nos braços e nas mãos de alguém - não é possível verificar a identidade nas fotografias. As fotografias em causa são alegadamente de Carlos Calhas, o agente da PSP que apresentou queixa de Cláudia Simões, uma mulher de 42 anos que foi detida na noite de domingo e que também já apresentou queixa contra este polícia por se queixar de ter sido agredida com violência

Esta terça-feira, a PSP confirmou a abertura de um inquérito às alegadas agressões de que terá sido vítima a mulher de 42 anos às mãos do agente da PSP na Amadora. O incidente ocorreu na noite de 19 de janeiro e foi entretanto divulgado nas redes sociais.

O Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública define-se como uma organização sindical “autónoma e independente do Estado, dos governos, das confissões religiosas ou quaisquer organizações de natureza político ou partidárias”.

A direção do sindicato é dirigida por Ernesto Peixoto Rodrigues, agente principal da PSP que em julho deste ano foi alvo de uma pena disciplinar de aposentação compulsiva por parte do Ministério da Administração Interna - consiste na passagem forçada à situação de aposentação, com cessação do vínculo funcional, e são aplicáveis às infrações disciplinares muito graves.

Em causa estava o facto de ter faltado ao serviço sem justificação 83 dias seguidos. Peixoto Rodrigues foi também o número 10 na lista da coligação Basta!, que nas eleições europeias de maio teve como cabeça de lista o líder do Chega, André Ventura.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mpgoncalves@expresso.impresa.pt

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