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TikTok: a rede social “made in China” que deixa os seus filhos de olhos em bico

TikTok: a rede social “made in China” que deixa os seus filhos de olhos em bico
AFP/Getty Images

Nem Facebook, nem Twitter, nem Instagram. A rede social do momento é uma aplicação “made in China” para editar e partilhar microvídeos divertidos. Conquistou o público juvenil, mas a sua origem desperta a desconfiança das autoridades

Para um homem de 40 anos, nascido no tempo em que os telefones ainda serviam só para telefonar, entrar no TikTok é quase como ser transportado para a twilight zone. Estou há cinco minutos na aplicação que conquistou a geração Z (nascida a partir do final dos anos 90) e diante dos meus olhos desfila uma torrente inesgotável de vídeos bizarros e divertidos, a maioria dos quais com 15 segundos ou menos, que um algoritmo escolheu com base no que entende serem os meus gostos. É um pouco como ir a um encontro às cegas, porque, como acabei de me registar na aplicação e não interagi com nenhum conteúdo, o algoritmo não pode saber muito sobre mim. No primeiro vídeo que me apresenta, @itsnastynaz, estrela do TikTok, oferece um casaco e dinheiro a uma pessoa sem-abrigo (os comentários de outros utilizadores dividem-se entre os que se comovem com a generosidade e os que o acusam de “caçar likes”). Deslizando o dedo no ecrã, descubro @andressa.fontinele, uma brasileira de Pernambuco que faz slalon em patins em linha ao som de um dos hits musicais do momento, ‘Dance Monkey’. @_tamatomo, outra popular criadora de conteúdos na plataforma, fixa um telemóvel a um berbequim, para o poder fazer girar como se de magia se tratasse. O quarto vídeo é o primeiro “made in Portugal”: um homem de tronco nu bebe de uma garrafa de água enquanto carrega uma botija de gás ao ombro. A piada está pronta a servir: “O que é que estás a fazer, Carlos?”, pergunta-lhe uma voz. “Estou a beber água com gás”, responde.

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