Este ensaio defende o fim do celibato obrigatório do clero e defende a ordenação de mulheres. A missa pode e deve ser celebrada por uma mulher. Não se trata de uma cedência ao ar do tempo, trata-se de uma cedência ao ar bíblico. Homem e mulher são iguais no corpo de Cristo. Não, não se trata de colocar a Igreja dentro da “modernidade”, seja lá o que isso for, trata-se de aproximar a Igreja de Jesus Cristo. O género não está antes da nossa humanidade partilhada, está depois.
A Igreja não é Deus, não é Cristo, é um edifício imperfeito e sempre em obras, uma espécie de torre de Babel omnipresente mas não omnisciente, imperecível mas não perfeita. Esta torre católica nunca deixa de ter andaimes, roldanas e cordas, porque a tradição é viva e orgânica, não é um museu de figuras e normas intocáveis, quais bezerros de cera dourada. Naturalmente, admito a falibilidade dos argumentos que se seguem. Não admito que não se realize este debate. Não admito que a mera invocação destas ideias seja rotulada como herética.
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