Sociedade

PJ: mãe do bebé abandonado num ecoponto foi a única autora do crime

A mulher não tem antecedentes criminais e não apresentava sinais de consumo de droga quando foi encontrada na capital

PJ: mãe do bebé abandonado num ecoponto foi a única autora do crime

Hugo Franco

Jornalista

PJ: mãe do bebé abandonado num ecoponto foi a única autora do crime

Liliana Coelho

Jornalista

O diretor-geral da diretoria de Lisboa da Polícia Judiciária (PJ), Paulo Rebelo, afirmou que a mulher que foi detida na quinta-feira por ter abandonado o seu filho recém-nascido num ecoponto em Lisboa é suspeita da prática de homicídio qualificado, na forma tentada, sendo a única autora do crime.

Segundo o responsável da PJ, a mulher “não tem antecedentes criminais” e “não apresentava sinais de consumo de droga” quando foi encontrada na capital.

Recusando-se a revelar qual é a nacionalidade da mulher ou se as câmaras de videovigilância no Terminal de Cruzeiros de Lisboa foram importantes para reconhecer a suspeita, Paulo Rebelo confirmou ainda em conferência de imprensa que a mãe do bebé vivia em “condições precárias” na rua e que o parto ocorreu na via pública perto de onde foi encontrado o recém-nascido.

O número um da diretoria de Lisboa da Polícia Judiciária adiantou ainda que o pai da criança não se encontra nesta altura na região, estando neste momento a PJ a tentar apurar o seu paradeiro.

Suspeita ouvida esta tarde no tribunal de instrução criminal

A suspeita será presente ainda esta sexta-feira a juiz para o primeiro interrogatório no tribunal de instrução criminal, no Campus de Justiça, para conhecer as medidas de coação.

O recém-nascido, do sexo masculino, foi encontrado na terça-feira por um sem-abrigo num ecoponto em Santa Apolónia e entregue a um técnico do INEM.

O bebé apresentava dificuldades respiratórias, sinais de hipotermia grave e tinha ainda vestígios de sangue e parte do cordão umbilical. Inicialmente foi internado nos cuidados intensivos do Hospital Dona Estefânia, tendo sido transferido depois para a Maternidade Alfredo da Costa, onde se encontra “clinicamente estável”.

Entretanto, a Procuradoria-Geral da República já anunciou a abertura de um inquérito para averiguar o caso do recém-nascido.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: HFranco@expresso.impresa.pt

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