25 outubro 2019 16:42
É nas regiões de Lisboa e do Algarve que as dificuldades de colocação de professores mais se têm feito sentir e, segundo o último levantamento da Fenprof, são milhares os alunos que estão sem aulas desde o início do ano letivo ou que ficaram entretanto sem professor e para o qual as escolas procuram um substituto. O número é impossível de determinar, pois depende dos horários em falta. Um professor tanto pode ter oito turmas, como quatro, consoante a disciplina que lecione.
Na área de intervenção do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, os inquéritos começaram a ser enviados às escolas na semana passada. E, ainda que os dados sejam parciais e estejam sempre a evoluir, confirmam que as falhas persistem, sobretudo nos grupos de recrutamento de Geografia e de Informática. Nos 34 agrupamentos que responderam (uma minoria), há 88 horários por preencher, num total de 1256 horas. A maioria são horários incompletos, pelo que a remuneração correspondente afasta ainda mais os candidatos. Um horário entre as 8 e as 14 horas dá direito a um salário de cerca de 500 euros mensais.
Já no levantamento feito pelo Sindicatos dos Professores da Zona Sul (SPZS) constata-se que é no distrito de Faro que as dificuldades são maiores. Em 38 agrupamentos de escolas, pelo menos 20 tinham esta semana um ou mais professores em falta.
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