Greve poderá durar “um mês, seis meses ou um ano”, avisa líder do SNMMP
Apesar do acordo firmado entre o SIMM e a Antram, a greve vai continuar, anunciou Francisco São Bento, líder do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP)
Apesar do acordo firmado entre o SIMM e a Antram, a greve vai continuar, anunciou Francisco São Bento, líder do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP)
Jornalista
Apesar de sozinho, o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) vai continuar em greve. “Vamos continuar a aguardar pela mediação do Governo com a Antram”, disse Francisco São Bento, líder do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), em declarações aos jornalistas esta manhã.
“Vamos reunir em breve com os nossos associados para explicarmos o que se está a passar e ouvir as opiniões deles, mas, neste momento, tudo me leva a crer, se o Governo e a Antram não se decidirem [a negociar enquanto a greve decorre], nós estamos dispostos a um mês, seis meses, um ano [de paralisação], o que for necessário”, disse.
Mesmo com o acordo firmado entre o SIMM e a Antram na quinta-feira à noite, o representante do SNMMP rejeitou a ideia que o movimento esteja isolado. “Não estamos isolados de alguma forma. Os nossos trabalhadores continuam a acreditar. Estamos aqui duros como o aço”, garantiu.
Questionado se o sindicato já havia conversado com o SIMM devido ao acordo, Francisco São Bento revelou tal ainda não aconteceu. “Ligamos, mas não atenderam. Devem estar ocupados”, afirmou.
“Nós ainda não conseguimos perceber a retirada do SIMM [do protesto]. Estamos nesta greve por estes pressupostos e não a vamos levantar sem os alcançar”, frisou.
Inquirido também a propósito da ausência de Pedro Pardal Henriques - foi advogado que anunciou a conferência de imprensa de hoje -, o representante do SNMMP disse que este estava ausente a tratar de “assuntos profissionais”, pois não trabalha em exclusivo para o sindicato. “Ele não está a fugir à comunicação social e que também tem a sua vida para fazer”, disse.
Recorde-se: a greve dos motoristas de matérias perigosas arrancou na segunda-feira, dia 12 de agosto. A FECTRANS, que não entrou na paralisação, chegou a acordo com a Antram na quarta-feira à noite.
Na quinta-feira, foi o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) a firmar um acordo com a Antram e a desconvocar a greve dos seus associados.
Após o anúncio do SIMM, António Costa apelou ao SNMMP pelo fim de uma “greve estéril”. O ministro Pedro Nuno Santos, reproduzindo uma reivindicação da Antram, reiterou que era impossível haver diálogo enquanto a paralisação ainda estiver a decorrer.
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