Sociedade

André Matias de Almeida: “Adesão à greve por parte de todos os motoristas, que não de matérias perigosas, inferior a 1%”

André Matias de Almeida: “Adesão à greve por parte de todos os motoristas, que não de matérias perigosas, inferior a 1%”

Porta-voz da ANTRAM pede o afastamento de Pedro Pardal Henriques da mesa de negociações

André Matias de Almeida: “Adesão à greve por parte de todos os motoristas, que não de matérias perigosas, inferior a 1%”

Fábio Monteiro

Jornalista

Em declarações ao Expresso, André Matias de Almeida, o rosto da ANTRAM na mesa das negociações na greve dos motoristas de matérias perigosas, não consegue dar um prazo para o fim da paralisação que arrancou esta segunda-feira. O representante dos patrões fez questão de voltar a frisar esta greve não faz sentido, pois estão em causa negociações de aumentos salariais para 2021 e 2022.

Já há números da adesão à greve?

A adesão por parte de todos os motoristas, que não de matérias perigosas, é inferior a 1%, posso dizer.

O porta-voz do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, é o único responsável pela crispação neste início de greve? Há outros representantes sindicais com posições incendiárias?

O sr. Francisco São Bento [Presidente do SNMMP] não incendeia os ânimos sempre que faz declarações, ao contrário do sr. Pedro Pardal Henriques. Ainda hoje, fez acusações - de suborno de condutores para quebrarem os serviços mínimos - que irão resultar em ações judiciais mais tarde. A ANTRAM não extremou nada. Nenhum acordo será viável enquanto este representante [Pedro Pardal Henriques] - que enfrenta várias queixas crime - não sair. Quero lançar um apelo aos trabalhadores do sindicato: baixem as armas, voltem às mesas de negociações. E, por favor, apresentem outro representante, que este só quer conflito.

Por quanto tempo se poderá manter esta greve, antes que o Governo seja obrigado a avançar com a requisição civil?

A verdade é que esta greve não é viável. O SNMMP ainda ontem mentiu aos seus associados sobre os valores que vão deixar de receber: disse-lhes que iam apenas perder 40 euros por cada dia de paralisação, o que não é verdade. Dependendo do vencimento, cada trabalhador irá perder entre 80 a 120 euros, por cada dia, nos seus vencimentos.

Mas não é possível avançar com um tempo limite?

Neste momento, não conseguimos dar um prazo. Esta greve não é viável para os motoristas, nem faz sentido, pois estão em causa negociações de aumentos salariais para 2021 e 2022.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

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