Após ter descrito os serviços mínimos decretados pelo Governo como prova que “vivemos numa ditadura”, Pedro Pardal Henriques, representante legal e vice-presidente do Sindicato Nacional Motoristas Matérias Perigosas (SNMMP), recorreu, ainda na noite de quarta-feira, às redes sociais, para deixar um apelo aos motoristas: “Recusem trabalho suplementar.”
O advogado explica o enquadramento legal para essa recusa e pediu mais uma oportunidade para se explicar junto dos associados do SNMMP - no sábado de manhã, em Aveiras.
Ainda na mesma mensagem, Pardal Henriques deixou a garantia de estar com os seus representantes "até ao fim".
A mensagem na íntegra:
“A TODOS OS MOTORISTAS (sindicalizados ou não).
Apesar da pressão das empresas para que venham a realizar trabalho suplementar no próximo sábado e domingo, aconselho veementemente a que RECUSEM essa prestação de trabalho.
Os trabalhadores podem recusar a prestação de trabalho suplementar, se existirem motivos atendíveis.
E os motivos atendíveis são:
1) Plenário do Sindicato.
2) Já ultrapassaram as 200 horas de trabalho suplementar anuais permitidas por lei.
Têm o meu apoio, e a minha responsabilização pela vossa renúncia.
As empresas estão a tentar brincar connosco, e o Governo está claramente aliado com a tortura que é imposta sobre este sector.
O que assistimos hoje com a fixação dos serviços mínimos foi um atentado ao mundo laboral.
Temos estratégias para reagir, e quero partilhar convosco no próximos sábado às 15h em Aveiras.
Das duas uma, ou fazemos história e mudamos de uma vez isto por vocês e pelos vossos filhos, ou cruzamos os braços e vamos à luta.
Conto com TODOS, sábado em Aveiras.
Mesmo que já tenham participado noutros plenários, este é o momento da decisão e o momento de fazer história.
Eu estou convosco até ao fim.”
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