Sociedade

Operação Teia. Detidos vão ser ouvidos esta quinta-feira pelo juiz de Instrução Criminal

Autarcas de Barcelos e Santo Tirso, mulher de Joaquim Couto e presidente do conselho de administração do IPO do Porto, Laranja Pontes, vão ficar detidos nos calabouços da Polícia Judiciária até serem presentes às autoridades judiciais

Expresso e Lusa

Os quatro detidos esta quarta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) na Operação Teia, que envolveu 50 agentes da Judiciária e seis magistrados, estão nos calabouços da Polícia Judiciária do Porto e vão ser presentes às autoridades esta quinta-feira, disse fonte policial.

Fonte da Diretoria do Norte da PJ ligada à investigação avançou à Lusa que os presidentes das Câmaras Municipais de Santo Tirso, Joaquim Couto, e de Barcelos, Miguel Costa Gomes, bem como o presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto (mulher do autarca de Santo Tirso) já foram “levados para a zona prisional” das instalações da PJ/Porto.

As buscas policiais vão continuar nos quatro concelhos do Norte – Porto, Santo Tirso, Barcelos e Matosinhos – “até ao final da tarde de hoje” e os detidos vão ser “ouvidos quinta-feira” pelo juiz de Instrução Criminal, acrescentou a mesma fonte. Ao Expresso, fonte próxima da PJ referiu que a investigação “não está fechada” e que podem ainda surgir “outros implicados” na teia de crimes ligados à corrupção.

A Operação Teia, cuja investigação policial mais profunda começou há um ano e meio, decorreu esta quarta-feira com 10 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, e culminou com a detenção de quatro pessoas com idades compreendidas entre os 48 e os 68 anos, por suspeita da “prática reiterada de viciação de procedimentos de contratação pública, com vista a favorecer pessoas singulares e coletivas, proporcionando vantagens patrimoniais”, lê-se no comunicado de imprensa enviado à comunicação social.

A Lusa questionou a mesma fonte da PJ sobre se a Operação Teia estava relacionada com a Operação Éter, e a resposta é que “são operações distintas” mas com “as mesmas equipas de investigação”. “É uma investigação autónoma, embora com pontas conexas” em relação à operação desencadeada em outubro, avançou ao Expresso fonte próxima do processo.

Para já, a ponta comum e visível entre os dois casos é Manuela Couto, sócia maioritária de um universo de cinco empresas que presta serviços de comunicação, serviços de conteúdos e imagem, bem como organização de eventos, a câmaras e instituições públicas, entre as quais se contava o Turismo do Porto e Norte de Portugal, até à detenção do presidente desta entidade, Melchior Moreira.

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