Cerca de uma centena de moradores no Bairro da Jamaica, no Seixal, Setúbal, estavam às 16h30 desta segunda-feira em protesto em frente ao Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa, para dizer "basta" à violência policial e "abaixo o racismo". Acompanhados de alguns símbolos, como uma bandeira de Cabo Verde e cartazes a dizer "antirracismo social", os manifestantes gritaram palavras de ordem como "Não ao racismo", "não à mortalidade policial" e "chega".
Entre os gritos de protesto destacou-se um símbolo de "união" contra o racismo, em que duas pessoas com cor de pele diferente desfilaram de mãos dadas. A controlar a ação de protesto estão cerca de duas dezenas de polícias, nomeadamente elementos da Unidade Especial da PSP. A manifestação foi convocada através de redes sociais como o Facebook, pelo movimento Consciência Negra.
No domingo de manhã, a polícia foi alertada para "uma desordem entre duas mulheres" no Bairro da Jamaica, tendo sido deslocada para o local uma equipa de intervenção rápida da PSP de Setúbal. Segundo a PSP, um grupo de homens reagiu à intervenção dos agentes da polícia quando estes chegaram ao local, atirando pedras. No incidente ficaram feridos, sem gravidade, cinco civis e um agente da PSP que foram assistidos no Hospital Garcia de Orta, em Almada.
A PSP anunciou ter aberto um inquérito para "averiguação interna" sobre a "intervenção policial e todas as circunstâncias que a rodearam", ocorrida hoje de manhã no bairro da Jamaica, concelho do Seixal, da qual resultaram, além dos feridos, um detido. Pelo seu lado, a associação SOS Racismo anunciou que vai apresentar uma queixa ao Ministério Público na sequência destes acontecimentos.
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