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Lisboa. Antiga central elétrica no Beato vai ser uma cervejeira

Lisboa. Antiga central elétrica no Beato vai ser uma cervejeira
FOTO Ana Baião

O projeto foi apresentado no “Hub Criativo do Beato”, na secção sul da antiga Manutenção Militar, e, de acordo com a informação distribuída aos jornalistas, os 700 metros quadrados da antiga central elétrica vão ser reabilitados e convertidos numa cervejeira de “produção de cerveja em pequena escala”, mas também vai haver “uma zona de restauração”

A antiga central elétrica da ala sul da Manutenção Militar, na freguesia do Beato, em Lisboa, vai dar lugar a uma cervejeira de produção em pequena escala, num investimento privado de três milhões de euros, foi hoje anunciado.

O projeto foi apresentado no “Hub Criativo do Beato”, na secção sul da antiga Manutenção Militar, e, de acordo com a informação distribuída aos jornalistas, os 700 metros quadrados da antiga central elétrica vão ser reabilitados e convertidos numa cervejeira de “produção de cerveja em pequena escala”, mas também vai haver “uma zona de restauração”.

Assinado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura, o projeto prevê a criação de uma linha de montagem, um balcão, mesas para servir o público e uma cozinha para confeção e terá um investimento de três milhões de euros de iniciativa privada.

A empresa que vai explorar o espaço revelou que as obras arrancam em setembro e está prevista a “inauguração ao público em outubro do próximo ano”.

Presente na cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), considerou ser “uma coincidência feliz” a discussão deste projeto no ano em que se celebram os 20 anos da Expo’98.

O autarca da capital afirmou que “havia uma grande interrogação entre Santa Apolónia e o Braço de Prata”, considerando que a reabilitação da freguesia do Beato “ligaria o lado oriente ao lado ocidente da cidade”, mantendo “o caminho que começou a ser feito com a Expo’98”.

“Faltava-lhe uma visão, um projeto, uma ideia sobre como agarrarmos [o lado oriente da cidade]”, afirmou.

Para o socialista, a criação do “Hub Criativo do Beato” é “a âncora fundamental para o desenvolvimento urbano [da freguesia]”, que considerou ser “uma aposta certa”.

À margem da apresentação, Medina reiterou aos jornalistas que a autarquia está “a dialogar com o Exército e com o Tesouro” para intervir na ala norte da Manutenção Militar e espera que o processo “fique concluído durante este ano”.

“É uma área maior do que esta e vamos procurar que haja novas valências, novos espaços que complementem o que aqui está. O que vai nascer a norte não vai ser exatamente a réplica, porque não faria sentido, mas faz sentido que seja visto complementarmente do ponto de vista dos usos”, vincou.

Os vereadores do PSD, CDS-PP, PCP e BE na Câmara Municipal de Lisboa defenderam em fevereiro a necessidade de a freguesia do Beato ser requalificada e dotada de equipamentos, por forma a acompanhar o dinamismo criado pelo Hub Criativo.

Em 2016, o Estado transferiu para a Câmara de Lisboa a gestão, por 50 anos, de um conjunto de 20 edifícios na ala sul da Manutenção Militar, antiga fábrica do Exército localizada junto ao rio, com uma área de cerca de 35 mil metros quadrados.

A cedência custou 7,1 milhões de euros ao município como contrapartida.

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