Às 13:30 de domingo estavam confirmadas 61 vítimas mortais do incêndio que deflagrou ontem em Pedrógão, segundo fontes oficiais. Há ainda dezenas de feridos graves. O número de mortos não tem comparação com outros incêndios nas últimas décadas em Portugal. Compara-se com os grandes incêndios da Grécia em 2007. Já morreram mais pessoas neste incêndio na região de Pedrógão Grande do que na tragédia de Entre-os-Rios.
"Temos quatro frentes ativas, sendo que duas são de grande violência", especificou o governante, explicando que a extensa nuvem de fumo na região está a dificultar as operações dos meios aéreos, assim como ss condições meterológicas, "com altas temperaturas e quase sem humidade".
Jorge Gomes sublinhava assim a meio da manhã que os operacionais no terreno — GNR, bombeiros e Força Especial de Bombeiros — estão "determinados a vencer este fogo", um dos mais mortíferos em Portugal nas últimas décadas.
Existe, informou o secretário de Estado, um ponto de referência e de acolhimento na Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão, onde assistentes da Segurança Social "estão a prestar auxílio e esclarecimento" aos cidadãos e aos familiares das vítimas.
Jorge Gomes realçou que há 250 viaturas no terreno e mais de 700 operacionais, não sendo necessários reforços por enquanto. Há estradas que permanecem cortadas "por necessidade de investigação e por segurança, devido à proximidade do incêndio".
Porém, neste momento, mesmo perante a incerteza do cenário, "não temos nenhuma localidade em risco", declarou.
"Uma coisa que não nos preocupa agora é como começou [o incêndio] ou a extensão de área ardida.Preocupa-nos dar paz às pessoas que estão a sofrer com a perda de vidas", concluiu o responsável.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: LLeiderfarb@expresso.impresa.pt