Sociedade

Militar da GNR filmado nas Finanças do Montijo foi alvo de inquérito mas continua no ativo

Militar da GNR filmado nas Finanças do Montijo foi alvo de inquérito mas continua no ativo

Cidadão filmou a detenção realizada por um militar da GNR à civil, que o imobilizou depois de uma discussão na Repartição de Finanças do Montijo. Inspeção-Geral da Administração Interna abriu inquérito ao caso

Militar da GNR filmado nas Finanças do Montijo foi alvo de inquérito mas continua no ativo

Hugo Franco

Jornalista

Os protestos de um cidadão na Repartição das Finanças do Montijo, filmada pelo seu telemóvel, estão a ser alvo de um inquérito interno da GNR que enviou o processo à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI). Isto porque o homem foi detido por um militar à civil que o imobilizou, numa manobra chamada 'mata-leão'.

O homem estava a gravar um vídeo para as redes sociais, a informar que se encontrava na Repartição de Finanças para resolver questões relacionadas com o IRS. No vídeo, é possível ver o elemento da GNR a imobilizar o indivíduo pelo pescoço. O homem acaba por ficar inconsciente e é posteriormente detido.

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"A abertura de um inquérito interno a um militar não implica que este seja suspenso de funções", explica ao Expresso fonte oficial da Guarda. E neste caso, o militar vai continuar ao serviço na GNR, pelo menos até ao momento em que houver alguma conclusão neste inquérito que serve para averiguar as circunstâncias da detenção, após o caso ter sido tornado público pelo próprio envolvido.

Inspeção-Geral da Administração (IGAI) Interna abriu um inquérito ao caso. "A ministra da Administração Interna determinou na terça-feira à IGAI a realização de um inquérito para o apuramento de eventuais responsabilidades", disse à agência Lusa fonte oficial do gabinete do ministério de Constança Urbano de Sousa.

A Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG) já emitiu um comunicado em que diz esperar que o ato alegadamente praticado pelo militar "não tenha extravasado os limites legais e que a sua conduta, atendendo à sua determinação em fazer valer os direitos dos cidadãos, mereça, isso sim, público louvor”.

O homem agredido, de nacionalidade brasileira, foi detido depois por agentes da PSP, detenção validada pelo Ministério Público. E está a ser ouvido esta quarta-feira por um juiz de instrução de um tribunal do Montijo para primeiro interrogatório.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: HFranco@expresso.impresa.pt

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