Sociedade

Espião português apanhado a vender segredos à Rússia

Um funcionário do Serviço de Informações de Segurança (SIS) foi apanhado, em Roma, depois de entregar documentos secretos a um agente russo. Ambos são suspeitos dos crimes de espionagem, corrupção e violação de segredo de Estado

Espião português apanhado a vender segredos à Rússia

Luísa Meireles

Redatora Principal

Espião português apanhado a vender segredos à Rússia

Rui Gustavo

Jornalista

Espião português apanhado a vender segredos à Rússia

Liliana Coelho

Jornalista

Um dos mais antigos espiões do Serviço de Informações de Segurança (SIS) foi detido na sexta-feira, em Roma, após passar documentos secretos a um agente russo. Ao que o Expresso sabe, segundo fonte oficial, o espião detido tem as iniciais 'CG' e trabalha em Lisboa, tendo-se deslocado expressamente a Itália para o efeito.

A operação denominada “Top Secret” já estava em curso há um ano, tendo o português sido seguido até à Itália por agentes da PJ da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT).

Ambos foram detidos e presentes às “autoridades judiciárias italianas, tendo sido determinado que aguardem a extradição [para Portugal] em prisão preventiva”, refere a PJ em comunicado.

“A investigação iniciou-se na sequência de procedimentos de segurança levados a cabo pela Direção do Serviço de Informações de Segurança (SIS), tendo o Secretário-Geral de Informações da República Portuguesa (SIRP) participado factos ao Ministério Público que apontavam para a existência de suspeitas da prática de um crime de espionagem, por parte de um funcionário, a favor de um serviço de informações estrangeiro”, acrescenta o comunicado.

A PJ salienta ainda que a operação contou com a cooperação da Policia de Stato, de Itália - Divisione Investigazioni Generali e Operazioni Special (DIGOS), Interpol Roma, bem como do Eurojust.

Noutro comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) é referido que foram feitas também buscas domiciliárias em Portugal e que “foram emitidos dois mandados de detenção europeus (MDE) e uma carta rogatória com pedido de cumprimento antecipado de diligências de recolha de prova.”

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: LMeireles@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate