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Sociedade

O Wi-Fi é um risco para a saúde das crianças?

O Wi-Fi é um risco para a saúde das crianças?

Em França, proibiu-se o wi-fi em creches, por se considerar que os campos eletromagnéticos são um risco para a saúde. Fomos perceber se o perigo é real

O Wi-Fi é um risco para a saúde das crianças?

Katya Delimbeuf

Texto

O Wi-Fi é um risco para a saúde das crianças?

Ana Serra

Infografia

Os campos eletromagnéticos estão por todo o lado. E não se veem — daí, possivelmente, suscitarem tanto temor. Tudo o que o olho não consegue observar, a mente imagina a dobrar. Na última década, o nosso quotidiano alterou-se profundamente no que à parafernália tecnológica diz respeito. Integrámos inúmeros gadgets e trouxemo-los para dentro de casa. Pior: eles andam nas mãos dos nossos filhos, a toda a hora, se nos descuidarmos. E se algum destes objetos tiver efeitos nocivos para a saúde? Entre o smartphone com Wi-Fi ou 3G, o portátil com ligação à internet, os espaços públicos com Wi-Fi, o Wi-Fi em casa, o micro-ondas, são muitas as novas fontes de campos eletromagnéticos... Que consequências para a saúde terão todos estes campos com radiações na próxima geração, que cresce em contacto com eles diariamente? Depois da corrida à tecnologia ‘sem fios’, teremos de arrepiar caminho?

Em França foi aprovada, em fevereiro deste ano, uma lei que proíbe o Wi-Fi em creches e jardins de infância para crianças com menos de três anos. A alegação tem na saúde dos mais novos o principal argumento, sendo que os cérebros dos bebés, mais finos e em formação, podem ser mais sensíveis a esta emissão constante. Além disso, um bebé pode, literalmente, bater com a cabeça e ficar a centímetros de distância de um router, uma box emissora de ondas ou uma antena.
Luís Correia, professor de Engenharia Eletrotécnica há três décadas no Instituto Superior Técnico, e investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, estuda questões relacionadas com telecomunicações há mais de 16 anos. “A preocupação com os campos eletromagnéticos nasceu nos anos 90 e aumentou com o aparecimento do GSM (sistema global para comunicações móveis)”, explica. “O telemóvel foi a tecnologia com a penetração mais rápida de sempre na sociedade ocidental: em 12 anos, 100% da população passou a usá-lo. Mas como as ondas eletromagnéticas não se veem, a perceção do risco é muito maior do que a realidade.”

Para o engenheiro, “o que está em causa não é a quantidade de fontes que temos à nossa volta, mas a intensidade da radiação. Essa intensidade está regulada por uma recomendação do ICNIRP, organismo da Organização Mundial da Saúde, que fixou um valor máximo de 28 Volts/metro como limite a que as pessoas podem estar expostas sem risco, em modo contínuo”. Luís Correia defende que não há qualquer problema relativamente às emissões eletromagnéticas — desde que se cumpram os limites mínimos admitidos por lei. Em seu entender, “a proibição aprovada em França não tem sustentação técnico-científica, até porque o Wi-Fi emite a potências muito baixinhas (0,1 Watts).”

O investigador ressalva ainda: “As antenas de rádio e de televisão, que irradiam a potências muito superiores (400.000W para televisão, 50.000W para rádio contra os 600W para telemóvel), existem há mais de 50 anos. Se houvesse consequências nefastas para a saúde causadas pelos campos eletromagnéticos, não teriam já surgido casos de pessoas doentes nas imediações?”, questiona.

O pediatra Mário Cordeiro não é tão rápido a ‘arrumar’ o assunto. “Embora inicialmente se pensasse que a rede sem fios não causasse qualquer problema, um pouco à semelhança das micro-ondas emitidas pelos telemóveis, têm surgido alguns estudos que põem em causa esta certeza e colocam a hipótese de existirem alterações do ADN celular por exposição intensa e prolongada à rede sem fios, sobretudo nas crianças. Alguns estudos têm três décadas de evolução, pelo que os resultados são sólidos”, afirma. “Com os telemóveis e o aquecimento que provoca o seu uso, as crianças, por terem um tabique ósseo menos espesso que o dos adultos, estariam em maior risco de sobreaquecimento das células cerebrais. Elas são mais sensíveis devido ao desenvolvimento celular, designadamente do sistema nervoso central.” É fundamental dosear e remeter para o “apenas necessário” uso das tecnologias. Os locais wireless deveriam, de facto, ser limitados. “Para quê, num infantário, haver este tipo de ligação à internet?”, questiona o pediatra. Que conclui: “Mais vale prevenir do que remediar... E poupar as crianças será certamente uma boa ideia.”

Em 2011, a OMS (através da Agência Internacional de Pesquisa contra o Cancro) classificou os “campos magnéticos de baixas frequências e os campos eletromagnéticos de radiofrequências” como “possivelmente cancerígenos para humanos” — a par do “chumbo, do café e dos motores a gasolina”. Para o médico nefrologista António Vaz Carneiro, professor na Faculdade de Lisboa e diretor do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência, “não há estudos científicos que permitam concluir que os campos eletromagnéticos têm efeitos nocivos na saúde das pessoas. O risco associado é muito baixo”. Para ele, “a lei aprovada em França reflete uma preocupação social válida, mas sem fundamentação científica”. Ressalva: “Um adolescente que vai para a praia das 8h às 20h apanha mais radiação (solar e ultravioleta) do que se utilizar telemóvel a vida inteira.” Se é verdade que não há certezas científicas absolutas sobre os efeitos nefastos dos campos eletromagnéticos, se pensarmos em possíveis consequências para os nossos filhos, haverá quem queira arriscar?

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: aserra@expresso.impresa.pt

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