Já imaginou trabalhar num computador sem menu iniciar, sem o velhinho Internet Explorer ou sem barras de tarefas? Há 20 anos era assim, até que no dia 24 de agosto de 1995 a Microsoft lançou o Windows 95 e mudou a forma de interagir com um computador.
Antes do sistema operativo revolucionário, trabalhava-se no antigo MS-DOS através de linhas de comandos ou do rudimentar Windows 3.0 e 3.1x. Aquele 24 de agosto mudou tudo: os Windows 3.0 e 3.1x foram descontinuados e o MS-DOS foi inserido no Windows 95, para complementar funcionalidades.
Na altura, o “New York Times” chamou-lhe o lançamento “mais louco, mais caro de um produto de computador na história da indústria”. A Microsoft, já na altura um gigante com 17 mil trabalhadores, investiu ferozmente na publicidade, com anúncios onde havia a “Start me up” dos “Rolling Stones” (canção que ficou gratuita por um dia esta segunda-feira) e vídeos instrutivos com Jennifer Aniston.
O lançamento foi um sucesso, com filas e filas de gente. Na primeira semana vendeu 7 milhões de cópias, no fim de 1995 o número rondava os 40 milhões.
O início do império Windows
O sucesso do Windows 95 garantiu o domínio da Microsoft do mercado durante uma década, criando uma linha de sistemas operativos que ainda hoje é líder do mercado desktop - em agosto de 2015, o Windows 7 está presente em 45% dos computadores do mundo, o Windows 10 em 20%, o Windows 8 em 15%, o Windows XP em 11% e o Windows Vista em 2%.
Só em 2001 é que a Apple e o seu OS X começaram a competir a sério com a Windows, detendo atualmente 8% de quota no mercado de sistemas operativos dos computadores de mesa.
Quanto a tablets e smartphones, a história é outra. A Microsoft perdeu a luta para o android e o iOS - o mundo mudou mais depressa que o Windows. Mas aquele Windows de há 20 anos mudou-nos a vida.
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