Sociedade

Ensino superior leva 2.358 vagas a concurso sem candidatos na 1.ª fase de 2014

Estátua de Prometeu no campus de Gualtar, em Braga, da Universidade do Minho
Estátua de Prometeu no campus de Gualtar, em Braga, da Universidade do Minho
FOTO DR

A 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior tem disponíveis 2.358 vagas, relativas a 83 cursos, para as quais em 2014 não houve qualquer candidato, segundo dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES)

De acordo com a lista de cursos e respetiva lista de vagas em 2015 e 2014, disponibilizada este domingo pela DGES, é possível encontrar 83 cursos que voltam a abrir praticamente o mesmo número de vagas na 1.ª fase de 2015 depois de não terem tido qualquer candidato na 1.ª fase de 2015. A redução na oferta é de cerca de 100 vagas. Os cursos são maioritariamente de áreas de engenharias e tecnologias, alguns em regime pós-laboral ou noturno.

Já em 2014 o mesmo se tinha passado, com 88 cursos a levarem a concurso 2.405 vagas sem qualquer candidato no ano anterior, e mais uma vez maioritariamente da área das engenharias.

Segundo os dados da DGES relativos à 1.ª fase de candidaturas ao concurso nacional de acesso ao ensino superior apenas 10 cursos abrem menos de 20 vagas, a maioria dos quais em regime pós-laboral.

O curso que mais vagas leva a concurso é Direito, na Universidade de Lisboa, com 480 vagas disponíveis e que tem uma média de acesso de quase 14 valores. Segue-se Direito na Universidade de Coimbra, com 334 lugares.

Há 19 cursos que abrem pelo menos 200 vagas na 1.ª fase do concurso nacional de acesso.

No que diz respeito a notas de entrada 16 cursos pedem como média de acesso notas entre os 9,5 valores e os 10 valores, entre os quais cursos de enfermagem, nos politécnicos de Bragança e Portalegre, ou ciências da cultura, na Universidade da Beira Interior.

Do lado das notas mais altas, há 20 cursos com médias de acesso acima dos 17 valores: todos os cursos de Medicina, algumas engenharias como a aeroespacial, do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, e também arquitetura, na Universidade do Porto, ou 'design' da comunicação, na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, entre outros.

Dados estatísticos divulgados no sábado pelo Ministério da Educação, através do portal Infocursos, revelam que, segundo números do Instituto do Emprego e Formação Profissional, apenas 30 cursos não têm diplomados inscritos nos centros de emprego, entre os quais medicina e enfermagem. Para estas duas áreas a 1.ª fase de acesso disponibiliza 3.463 vagas: 2.022 para 22 cursos de enfermagem e 1.441 para sete cursos de medicina.

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