A Teoria das Cordas é a hipótese mais ambiciosa para explicar o universo: do real ao quase impossível

E se as coordenadas que orientam a existência humana fossem apenas o vestígio de um espaço maior? A realidade oferece três direções possíveis, três graus distintos de liberdade: para a frente ou para trás, para a esquerda ou para a direita, para cima ou para baixo. Estas dimensões bastam para encontrar uma rua, o número da porta, o andar certo do prédio onde tem marcada uma entrevista de emprego. Mas, se quiser mesmo agarrar a oportunidade, convém respeitar uma quarta indicação fundamental: a hora combinada. Não sabemos ao certo o que é o tempo, mas é ele que organiza a vida, dá-lhe ritmo, impõe-lhe sentido. Não podemos voltar a ontem nem saltar para amanhã, mas sentimos a passagem das horas como quem atravessa uma corrente. Assim se desenha o palco da existência: três dimensões espaciais e uma temporal. Tudo o que somos, fazemos ou pensamos está inscrito nesse compasso cosmológico.