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Os nazis portugueses: como Portugal se deixou encantar pelo nazismo no tempo da 'nova Alemanha'

Os nazis portugueses: como Portugal se deixou encantar pelo nazismo no tempo da 'nova Alemanha'
D.R.

À boleia da intensa propaganda nacional-socialista, Portugal foi alvo, nos anos 30 e 40 do século passado, de uma onda de fascinação por Hitler e pelo seu ideário, que envolveu figuras de proa da nação, da cultura e das universidades, além de jornalistas 
que ‘reportaram’ os feitos da ‘nova Alemanha’

Em 1939, a convite do Governo alemão, dois portugueses desembarcaram em Hamburgo. A viagem destinava-se a assistirem ao congresso de Nuremberga, evento que Hitler promovia anualmente com grande pompa desde a sua ascensão ao poder. Nesse ano, o tema do congresso seria a paz. Mas chegados a Berlim foram persuadidos a não ficar. A iminência da guerra levou um deles, Luís Cabral de Moncada, a registar nas suas memórias a “atmosfera pesada” que os forçou a regressar a Hamburgo e a empreender logo diligências para voltar a Lisboa. Moncada e José Beleza dos Santos almoçavam num hotel da cidade quando a Alemanha invadiu a Polónia. Era 1 de setembro e no mesmo dia embarcariam no navio “Cuiabá” rumo à capital portuguesa. O vapor, propriedade da Lloyd Brasileiro, não era ‘novato’ na navegação em águas lusas. Costumava ligar o Brasil aos Açores e, dois anos antes, cegado pelo nevoeiro, tinha encalhado nas Berlengas. Também conhecia bem as águas alemãs, onde, no início do século, fora construído e batizado com o nome de “Hohenstaufen”.

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