Isabel Vaz mistura-se com a história do grupo Luz Saúde, noutros tempos Espírito Santo Saúde. Tinha 33 anos e dois filhos quando decidiu aceitar o desafio vanguardista, como lhe chama. “Adoro hospitais”, diz ao Expresso numa entrevista de mais de três horas no hospital que criou de raiz: Hospital da Luz, em Lisboa. Já foi convidada para um governo mas não aceitou. Nem aceitaria se voltassem a fazê-lo. “Nunca me apareceu nenhum projeto melhor do que este”, refere-se ao grupo que em julho comemora 25 anos. Diz que a Saúde tem um preço e move milhões e que os portugueses devem exigir saber para onde vai o dinheiro da Saúde e se é bem utilizado. A engenheira química que chegou a pensar ser atriz não tem dúvidas de que vai haver falta de médicos no sistema público e privado e por isso é preciso investir em inteligência artificial (IA). Usa uma frase batida: “A vida não é a preto e branco” e diz que antes de se discutir a eutanásia se deve dar a toda a gente “condições de vida e de morte dignas”. E frisa: “Não posso esquecer nunca que devo isto ao dr. Ricardo Salgado, que me convidou”, mas o que aconteceu a seguir foi horrível. “Ia enlouquecendo naquele mês de agosto.”
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