
O sucesso da arte da análise de um pontificado e do seu enquadramento na história da Igreja e na história do mundo dependerá necessariamente dos olhos liberais ou conservadores, sensatos ou insensatos, do observador
O sucesso da arte da análise de um pontificado e do seu enquadramento na história da Igreja e na história do mundo dependerá necessariamente dos olhos liberais ou conservadores, sensatos ou insensatos, do observador
Jurista, Consultor para Assuntos Políticos e Sociedade
Forçado pela Inquisição a retratar-se da sua certeza de que a Terra se movia à volta do Sol, Galileu terá pronunciado o célebre “E pur si muove!” (“E, no entanto, move-se!”) para reafirmar que era, de facto, a Terra que se movia. Os mais ortodoxos talvez não perdoem o atrevimento de se usar a mesma expressão para arguir, contra a inquisição hodierna, que a Igreja se tem também movido, mudando profundamente ao longo da sua história e, em particular, dos últimos 150 anos, muito longe de estar cristalizada no tempo enquanto o mundo evoluía à sua volta. Para isso mesmo contribuíram todos os Papas que ocuparam a cadeira de Pedro desde o final do século XIX.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt