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“A exportação mais bem-sucedida da Rússia não é o gás nem o petróleo, mas a corrupção”: grande entrevista a Garry Kasparov

“A exportação mais bem-sucedida da Rússia não é o gás nem o petróleo, mas a corrupção”: grande entrevista a Garry Kasparov

​Aos 61 anos, o recordista de títulos mundiais de xadrez denuncia a “exportação de corrupção” da Rússia e responsabiliza os líderes europeus que mantiveram a “complacência”. “Fico chocado ao ver jovens dos EUA e da Europa a acreditarem que o comunismo pode oferecer algo de bom”, disse-nos em Lisboa


Durante 12 anos, Garry Kasparov foi Garik Weinstein. A mudança para o apelido russófono evitou que fosse prejudicado enquanto evoluía como prodígio do xadrez, mas o mote ficou dado para o resto da vida: Kasparov contornou o antissemitismo, mas aprendeu a viver como filho de arménios na capital do Azerbaijão. Ficou órfão de pai aos 7 anos, mas teve a “bênção” de uma mãe que lhe dedicou a vida inteira. Continua a ser o grande ícone vivo da União Soviética, mas diz-se “chocado” com os jovens que acreditam no comunismo. É o recordista de títulos de xadrez, com seis campeonatos mundiais, mas acabou vencido pelo supercomputador Deep Blue — e hoje dá palestras sobre inteligência artificial (IA) e gera gargalhadas quando coloca questões ao ChatGPT de forma a que apareça só o seu nome, sem a companhia de Magnus Carlsen ou de outros candidatos a melhores de todos os tempos. Por fim, é também o homem que tentou criar um partido liberal — e que hoje acredita que o regime de Putin só vai mudar com uma derrota militar.

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