Sempre quis ser médico e tinha um fascínio particular pela cirurgia, mas acabou por dedicar praticamente toda a sua vida profissional à prevenção e tratamento das dependências. É um caso raro de permanência num cargo público de direção nacional. Ao longo de 28 anos, lidou com mais de dez Governos, à esquerda e à direita, e manteve-se sempre. Acredita que a postura de diálogo e o facto de ser militante do PCP contribuíram para nunca ter sido afastado. Conseguiu grandes conquistas, reconhecidas a nível mundial, mas acha que o país deixou-se iludir pelo sucesso no combate à droga e desinvestiu. E está agora a pagar o preço disso.
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