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Benformoso: toda a história de uma rua singular

A Rua do Benformoso em 1951, numa fotografia de Eduardo Portugal (1900-1958), bibliófilo e um dos mais notáveis fotógrafos documentais de Lisboa
A Rua do Benformoso em 1951, numa fotografia de Eduardo Portugal (1900-1958), bibliófilo e um dos mais notáveis fotógrafos documentais de Lisboa
Arquivo Municipal de Lisboa

Foi a porta de Benfica da Comuna dos Mouros e “Boi Formoso” durante os tempos medievais, adotando mais tarde o “passo” da procissão do Senhor dos Passos, que tinha oratório na rua. Ali conviveram nativos e imigrantes, sapateiros e pintores régios, fadistas e operários

Benformoso: toda a história de uma rua singular

Maria José Oliveira

Jornalista e historiadora

Na sua “Descrição de Lisboa”, Damião de Góis escreveu que do vale de Santo Antão, repleto de pomares e hortas, para o vale e encosta da Mouraria distavam poucos passos, bastando atravessar a praça onde estava a leprosaria e a feira do gado. A capital era então “um regalo para o espírito contemplar”, com colinas e vales de olivais e campos lavrados, conventos, igrejas e um casario disperso dentro e fora da muralha fernandina. “Muitos estrangeiros, vindos de nações diversas e de regiões muito afastadas, atraídos pela pureza do clima, para aqui imigram, abandonando o seu torrão natal e os cuidados da sua pátria, e aqui fixam residência definitiva e domicílio vitalício”, escrevia o autor renascentista.

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