Não sei bem como responder à pergunta que serve de título. Tenho dúvidas acerca das respostas simplistas, quase sempre apresentadas de modo taxativo: do retorno aos modelos da Guerra Fria, até aos “democratas” acérrimos defensores das causas de ditaduras. Por isso, começo por lembrar a minha convicção de que o passado não dá lições, nem obriga, embora também defenda que nenhum historiador se pode furtar à reflexão sobre os problemas do presente. É que, se historiadoras e historiadores não estiverem dispostos a tomar em mãos as questões contemporâneas — se não mostrarem curiosidade pelo mundo em que vivemos, refugiando-se em supostos estatutos de guardiões das tradições do passado —, correm o risco de deixar que o seu trabalho se submeta às lutas e aos quadros políticos do presente.
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