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A cadeia maldita que ninguém consegue fechar: toda a história da Penitenciária de Lisboa

A cadeia maldita que ninguém consegue fechar: toda a história da Penitenciária de Lisboa
Arquivo Nacional da Torre do Tombo

Anunciado há muito tempo, o fecho do Estabelecimento Prisional de Lisboa parece estar para breve. Aberto há 139 anos, foi o sonho dos reformistas liberais, originou escândalos políticos durante a Regeneração, foi contestado por republicanos e mais tarde por monárquicos, e desde a década de 40 do século XX que o poder político reclama o seu encerramento. A cadeia no alto do Parque Eduardo VII é um “objeto único” por diversas razões

A cadeia maldita que ninguém consegue fechar: toda a história da Penitenciária de Lisboa

Maria José Oliveira

Jornalista e historiadora

Em julho de 1875, quando faltavam ainda dez anos para abrir a Penitenciária de Lisboa, Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz fizeram da grande obra que decorria no alto de Campolide o alvo de uma das suas “farpas”. “Construir a cadeia-exemplar antes de ter a escola-modelo” era “ludibriar a liberdade, afrontar a justiça, insultar bestialmente a lógica e o senso comum”, escrevia a dupla, concluindo que “o povo” estava de “parabéns” pela sua nova cadeia. “Dizem que não há melhor; que em nenhuma parte do mundo se dá ao facínora mais artística homenagem.”

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