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Nas florestas e também nas cidades, as bruxas ainda voam entre nós

Nos arredores do Porto, a Irmandade da Águia reuniu-se para fazer um cerimonial de gratidão pelo final do ano. O guardião do grupo está de pé com uma capa azul</p>
Nos arredores do Porto, a Irmandade da Águia reuniu-se para fazer um cerimonial de gratidão pelo final do ano. O guardião do grupo está de pé com uma capa azul

Rui Oliveira

Bruxas, feiticeiras, sacerdotisas. Mulheres com poder mágico, real ou imaginário. Rasgam a história e atravessam os tempos. Existem algures entre a descrença de uns e a convicção de outros. Maléficas ou agentes de cura, o secretismo foi sempre o segredo da sua influência

Eu não causo inquietação. Eu sou a inquietação.” É assim, com um misto de satisfação e melancolia, que a personagem principal do blockbuster “Wicked” se define. Em algumas traduções, a essência de Elphaba, a Bruxa Má do Oeste, é “comoção”. Em outras, “caos”. Sempre a turbulência, o descontrolo. Associadas a uma multidão de nomes e estéticas, as bruxas são belas e horrendas, complexas e banais. Estão nas pinturas antigas, nas iluminuras medievais, espalham-se pelo imaginário literário, estão na música, reivindicam origens pré-gregas, egípcias, sumérias, celtas, assentam raízes na Sibéria, foram duramente perseguidas na Europa Central. Como se autodefine a verde figura de “Wicked”, são ambíguas na forma e obscuras no conteúdo. Confundem e atraem. Seduzem.

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