O passado mês de outubro começou com duas despedidas que entram para a história: no dia 7, Andrés Iniesta, 40 anos, pendurou as chuteiras de futebolista; a 10, Rafael Nadal, 38 anos, deixou o ténis (embora com a promessa de ainda atuar na Taça Davis pela Espanha). O primeiro estava há seis anos longe do futebol europeu; o segundo era apenas 153º do ranking ATP na semana da sua retirada do circuito. O que leva estes atletas de topo, ícones das suas modalidades e ídolos dos adeptos, sem problemas financeiros conhecidos, a adiar o momento da reforma? Falta de noção da sua decadência competitiva? Habituados ao estatuto de super-humanos, terão eles dificuldades para enfrentar uma nova era como cidadãos comuns? Os especialistas colocam a resposta noutra dimensão, mais psicológica e íntima: quando um desportista de elite termina a carreira, enfrenta o fantasma da “perda de identidade”.
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