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Grande entrevista ao escritor Helder Macedo: “Nunca pertenci a partidos. Situava-me à esquerda, porque é aquilo que cria a mudança”

Grande entrevista ao escritor Helder Macedo: “Nunca pertenci a partidos. Situava-me à esquerda, porque é aquilo que cria a mudança”

Nasceu na África do Sul há quase 89 anos, no dia em que Pessoa morreu em Lisboa. É um dos escritores portugueses mais originais. Cresceu na África colonial portuguesa, frequentou o Café Gelo, tornou-se um grande especialista na obra de Camões. E vive desde 1960 em Londres, onde foi responsável pela Cátedra Camões no King’s College

Grande entrevista ao escritor Helder Macedo: “Nunca pertenci a partidos. Situava-me à esquerda, porque é aquilo que cria a mudança”

João Pacheco

Jornalista

Grande entrevista ao escritor Helder Macedo: “Nunca pertenci a partidos. Situava-me à esquerda, porque é aquilo que cria a mudança”

Tiago Miranda

Fotojornalista

Vive numa rua paralela à da casa londrina de Sigmund Freud. Se fosse uma personagem de ficção, Helder Macedo teria pouca verosimilhança. Como acreditar na possibilidade de lhe ter acontecido assim aquele avô, aquela infância, aquela adolescência, aquele amor? Merece muito ser lido e relido. E um bom portão para os mundos macedianos é “Pretextos”, o livro de crónicas publicado este ano. Com a infância e parte da adolescência gozadas em África e seis décadas vividas no Reino Unido, pouco tempo tem passado em Portugal. Em Lisboa costuma ficar hospedado num hotel que se chamava Império. Também por cá, mas quando tinha pouco mais de 20 anos, participou num levantamento armado falhado. Fugiu do país. A seguir encontrou o amor na mesma África do Sul onde nascera, por acaso ou por sinal. Depois do 25 de Abril passou de raspão pela Direção-Geral de Espetáculos, no Verão Quente de 1975. No final da mesma década orgulha-se de ter feito parte do Governo liderado por Maria de Lourdes Pintasilgo. Muito antes fora iluminado em Lourenço Marques pelas explicações de matemática de um amigo íntimo do poeta Mário de Sá-Carneiro. Um dia, o explicador descobriu que aquele miúdo andava a escrever versos. Organizou uma sessão de poesia para a família. Apresentou o rapaz. E mandou-o começar: “Lê.”

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