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Grande entrevista ao realizador Tony Gatlif: “Gosto muito do espírito português, sem maldade”

Grande entrevista ao realizador Tony Gatlif: “Gosto muito do espírito português, sem maldade”
Marc Piasecki/Getty Images

É autor de filmes marcantes, que se destacam no cinema francês. Tem origem berbere e cigana e há 20 anos venceu o prémio de melhor realização no Festival de Cannes, com “Exílios”. Parte da rodagem do seu próximo filme passa pelo Alentejo

Grande entrevista ao realizador Tony Gatlif: “Gosto muito do espírito português, sem maldade”

João Pacheco

Jornalista

Talvez tenha sido à mesa que tudo começou a mudar. Durante um jantar, perguntaram a Tony Gatlif que tipo de guião estava a preparar. Respondeu que o filme seria sobre uma história de amor. O autor da pergunta era Michael Cacoyannis, que tinha realizado anos antes o filme “Zorba, o Grego”. Perante a resposta, Cacoyannis disse que toda a gente fazia histórias de amor. E isso não tinha interesse. Logo a seguir quis saber quais eram as origens de Tony Gatlif. Desde as origens até esse jantar já muito tinha acontecido na vida do realizador francês. Nasceu em Argel, onde cresceu num bairro de lata. Aos 13 anos viajou até França de barco, de forma clandestina. Em Paris inventou que se chamava Tony Gatlif. Roubou para sobreviver e acabou por ser apanhado pela polícia. Salvou-se através do cinema. E continua a praticá-lo, com muita ligação à cultura cigana e uma atenção especial à música. Pelo caminho fez teatro e partilhou o palco com Gérard Depardieu, quando eram os dois muito novos. Deixou o teatro e dedicou-se à realização. É autor de filmes como “Os Príncipes”, “O Estrangeiro Louco” ou “Tom Medina”. E aos 75 anos está a preparar um novo filme, com estreia prevista para o outono de 2025.

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