Se Fausto Queirós Guedes sonhasse que a sua determinação se viria a concretizar década após década ao longo de todo o século XX, prolongando-se para o século XXI, certamente transbordaria de orgulho. Este senhor, visconde, diplomata, governador civil de Lisboa, colecionador de arte, considerado na sua época grande protetor dos artistas, e certamente muito rico, foi transportado para a eternidade não pelo seu nome, mas pelo título nobiliárquico: Valmor. A razão é esta. Deliberou por testamento que, após a sua morte, em 1898, fosse criado um fundo gerido pelo município para que se atribuísse um prémio pecuniário para ser distribuído em igual parte entre o autor e o proprietário de um edifício que o merecesse.
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