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A política do estilo ou o estilo da política? Como se veste quem veste para mandar

Kamala Harris adota fatos de flagrante inspiração masculina, com destaque para os casacos de paletó com as duas aberturas traseiras, no estilo inglês
Kamala Harris adota fatos de flagrante inspiração masculina, com destaque para os casacos de paletó com as duas aberturas traseiras, no estilo inglês
Mario Tama/Getty Images

Quanto vale um político? E quanto passará a valer se se apresentar irrepreensivelmente estilizado? Será que em Kamala Harris ou em Emmanuel Macron, figuras de proa e de estilo, as virtudes da aparência conseguem ombrear com o carisma, a personalidade e os desígnios políticos, como sucedeu com John F. Kennedy? Neste tempo de batalhas eleitorais, volta-se a questionar se haverá corte de cabelo ou vestuário que totalmente os valorize

Chicago amanheceu gélida e envolta num denso nevoeiro, em 26 de setembro de 1960. A temperatura política e social do país atingia o rubro devido à escalada do justo e longo combate pelos direitos civis e contra a segregação racial que ameaçava voltar a cindir, tragicamente, a nação em duas. Mas o sol irrompeu, pujante, atingindo os 24 graus centígrados de temperatura máxima, o que era muito aprazível para a estação que apressava a chegada do tempo frio na região centro-oeste dos Estados Unidos da América. Naquele dia, uma segunda-feira, John Fitzgerald Kennedy, de 43 anos, então o mais novo e o mais carismático candidato à presidência dos Estados Unidos da América, decidiu tomar um “banho de sol” no terraço do hotel Hilton daquela cidade, onde se encontrava hospedado, enquanto Theodore “Ted” Sorensen, o seu braço-direito, o instruía sobre as táticas para o debate televisivo dessa noite com Richard Milhous Nixon, de 47 anos, o seu opositor na corrida à Casa Branca.

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