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A surpreendente vida de António Cândido, o último procurador-geral do reino

A surpreendente vida de António Cândido, o último procurador-geral do reino
Coleção Pedro Barros

Em 191 anos de história houve um único procurador-geral afastado do cargo: António Cândido, a “boca d’oiro”, que levava multidões ao Parlamento e que não resistiu à queda da monarquia

A surpreendente vida de António Cândido, o último procurador-geral do reino

Rui Gustavo

Jornalista

​“Ninguém passa um grande rio de pés enxutos.” E António Cândido mergulhou de corpo inteiro nas águas da monarquia. Era procurador-geral da Coroa e da Fazenda quando a revolução republicana depôs D. Manuel II, o “patriota”, e foi “naturalmente afastado do cargo”, sendo substituído pelo primeiro procurador-geral da República da história, Manuel Arriaga, que seria também o primeiro Presidente eleito da nova República de Portugal. António Cândido manteve-se no cargo durante 21 dias, até 26 de outubro de 1910, data em que se aposentou, com 60 anos. Numa biografia publicada no centenário da sua morte, em 2022, o procurador Luís Eloy sugere que esta foi a forma diplomático de o novo regime o afastar do cargo sem ter de o demitir formalmente.

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