
Com o verão a apertar, a época balnear a culminar, as praias a regurgitar, recorda-se a singular maneira como os lisboetas do século XIX se banhavam no Tejo
Com o verão a apertar, a época balnear a culminar, as praias a regurgitar, recorda-se a singular maneira como os lisboetas do século XIX se banhavam no Tejo
Jornalista e antigo crítico gastronómico do Expresso
Para os lisboetas ainda vinha longe o tempo da praia como instituição primaz da época estival, local privilegiado para respirar, tonificar, retemperar, bronzear, mergulhar, brincar, confraternizar, amar e celebrar a generosíssima trindade da areia fina, do mar refrescante e do sol criador. Estamos nos alvores do século XIX. Embora já se apregoem as virtudes dos banhos de mar como panaceia para variadas moléstias e terapêutica quase milagrosa, a ideia de frequentar uma praia de banhos vai concretizar-se lentamente ao longo da centúria oitocentista, à medida da deslocação balnear ribeirinha de Lisboa para oeste. E tudo está ligado aos meios de transporte colectivo e às elites que ditam as modas.
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