A casa de Marcelo Rebelo de Sousa em Cascais fica perto do mar, está pejada de livros e quadros e tem as paredes do hall ‘forradas’ de pagelas de santos com orações e promessas, vulgo ‘santinhos’. Após a pandemia, Marcelo achou mais prático mudar-se para o Palácio de Belém e embora continue a frequentar a sua casa de sempre, trocou a Igreja de Nossa Senhora da Assunção em Cascais, onde adorava sentar-se num lugar discreto no segundo andar junto ao coro, ou a dos Salesianos no Estoril que frequentava regularmente, pelas dos Jerónimos ou de Santa Isabel em Lisboa, onde passou a viver os momentos de recolhimento e oração. Quando a frenética agenda de Presidente da República lhe troca as voltas, vai à missa onde e quando pode — seja em Goa, em Brasília ou em Chipre, onde participou numa celebração ortodoxa, coisa fácil para quem iniciou o mandato de Presidente com uma cerimónia inter-religiosa na Mesquita de Lisboa. Mas sem igreja, sem missa e sem rezas é que Marcelo não passa.
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