A 6 de abril de 1939, quinta-feira santa, poucos dias depois de as tropas nacionalistas terem entrado em Madrid e de ter sido declarado o fim oficial de Guerra Civil espanhola, Nicolás Franco, irmão mais velho de Francisco Franco e embaixador em Lisboa, recebeu uma carta manuscrita, em papel timbrado, de um jovem “capitão aviador” português que morava na Rua Filipe Folque, na capital. A missiva exibia um pródigo regozijo pela “vitória das armas espanholas”, mas este entusiasmo não era recente nem resultava do progresso triunfante das forças franquistas: logo no verão de 1936, somente a resposta negativa do Ministério da Guerra impedira o autor de se voluntariar no Tércio, e ainda nesse ano visitara, a convite da Falange, “as frentes da guerra”.
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