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A tecnologia dos implantes está a redefinir as fronteiras do nosso cérebro

A tecnologia dos implantes está a redefinir as fronteiras do nosso cérebro
Ilustração Helder Oliveira

Implantes cerebrais, toucas de elétrodos ou ressonâncias magnéticas preparam-se para derrubar a última fronteira do pensamento humano. No circuito das neurociências, há quem lembre que ainda não é possível saber o que pensa uma pessoa e há quem admita que é apenas uma questão de tempo até que as tecnologias hoje usadas por militares e desportistas de elite passem para um novo nível

Se fosse só matemática, haveria uma hipótese em 86 mil milhões de um neurónio determinar a próxima palavra deste texto. Já seria suficiente para bizarria estatística, mas os estudiosos também referem que, a cada segundo que passa, há um neurónio que desaparece e não consta que os bebés sejam forçosamente os humanos mais inteligentes, ainda que a leitura deste texto possa valer bem 1500 neurónios. Até ver, a média de neurónios de um humano supera em número os 6,17 mil milhões de dólares que a consultora americana Research and Markets estima para o valor do mercado mundial de implantes cerebrais em 2024, mas não será de estranhar que esse diferencial se altere substancialmente, depois da euforia gerada pelos chips da Neuralink — empresa detida em parte por Elon Musk — e a cada vez mais provável invasão tecnológica do cérebro humano. No final, já se sabe que tudo depende de eletricidade. Como nas máquinas. E essa é a razão por que as pessoas não ficam menos inteligentes enquanto leem, e Miguel Nicolelis, um médico e cientista brasileiro, torrou um incalculável número de células neuronais até inscrever o nome como pioneiro do controlo de dispositivos com o pensamento.

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