Chegar à Casa da Música num Porto chuvoso em obras pode não ser tarefa fácil, mas nem isso o irrita. Parece até divertido com a ideia de que a cidade onde nasceu em 1951, e para onde agora voltou, possa quase diariamente mudar de fisionomia. António Pinho Vargas pede um café, deixa-se conduzir até à sala onde irá decorrer a entrevista, fecha os olhos para se concentrar face à primeira pergunta. Não parece alguém que, nos últimos quatro anos, atravessou um longo túnel escuro. Mas foi o que lhe aconteceu. Pensou que tudo tinha acabado. O que faz um compositor quando ouvir se torna uma agressão e o seu maior obstáculo?
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