
Mais de dois mil anos depois da morte premonitória de Fidípides, a maratona permanece o maior desafio para atletas profissionais e o resto dos mortais. E há uma pergunta que ainda precisa de resposta: para quê?
Mais de dois mil anos depois da morte premonitória de Fidípides, a maratona permanece o maior desafio para atletas profissionais e o resto dos mortais. E há uma pergunta que ainda precisa de resposta: para quê?
Jornalista
Aos 50 anos, uma pessoa percebe que há coisas que ou faz naquele momento ou nunca mais faz. Por isso, tatuei um dragão japonês no braço. E aos 51, inscrevi-me na primeira maratona. A decisão foi meio pensada. Já tinha feito umas cinco ou seis meias maratonas em menos de 2h — o que é razoável para quem corre só porque sim (é para perder peso, na verdade) — e achei que seria boa ideia correr mais de 40 km para essencialmente, provar que não estava assim tão velho e que era capaz. Além disso, aquelas quatro horas e meia em que estive a ser torturado com uma agulha de tatuador e a ouvir Cypress Hill em castelhano — dois dos fundadores da banda de ‘Insane in the Brain’ ou ‘Loco en el Coco’ são cubanos que migraram para a Califórnia e têm versões das músicas na língua nativa — não tinham sido suficientes. Queria mais.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: RGustavo@expresso.impresa.pt