O homem que (quase) conseguiu: a amarga vitória de Luís Montenegro (por Sebastião Bugalho)

Luís Montenegro, um primeiro-ministro em forma de ponto de interrogação
Luís Montenegro, um primeiro-ministro em forma de ponto de interrogação
Eurodeputado eleito pela AD
No dia 30 de agosto de 2023, há menos de um ano, Luís Montenegro não ia ser o próximo primeiro-ministro de Portugal. O Partido Socialista havia sobrevivido à Comissão de Inquérito à TAP, Pedro Nuno Santos ia ser comentador político na SIC Notícias, João Galamba permanecia no Governo e o Presidente da República estava publicamente desautorizado por um primeiro-ministro em posse de supremacia parlamentar, orçamental e não propriamente derrotado nas sondagens. As perspetivas não eram animadoras para o homem de Espinho, um ano depois de chegar à São Caetano à Lapa. No pico da crise espoletada pela indemnização ilegal de Alexandra Reis, meses antes, Marcelo Rebelo de Sousa considerara não haver “uma alternativa óbvia em termos políticos” à governação socialista, isto é, chumbando Montenegro como candidato a primeiro-ministro. Olhando os estudos de opinião, os portugueses não o desmentiam na altura. Examinando os resultados da eleição de domingo passado, mais de 1 milhão continuam de acordo com o exame do Presidente.
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