As suas modelos pisaram a passerelle com invulgar serenidade, no seu estilo discreto, mas majestoso, com passo firme, mas etéreo, uma coleção suave de peças sólidas, em tons orgânicos, mas soltas e descontraídas, feitas à mão segundo práticas locais do Mali e inspiradas nos grupos étnicos do oeste de África. Destacou-se logo, e naturalmente, entre os designers que vieram ao Porto, patrocinados pela Canex — Creative Africa Nexus, do Afreximbank, o Banco Africano de Exportação e Importação, que promove 40 designers de moda africanos na Europa. Foi a terceira vez que a ANJE — Associação Nacional de Jovens Empresários os acolheu no Portugal Fashion. E Awa Meite deu nas vistas porque as suas roupas harmoniosas apetecem e apelam aos sentidos, mas sobretudo porque são desconstruídas, tradicionais, genuínas, não se agarram às costumeiras referências ocidentais da moda.
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