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Obituário

Dag Solstad

Por Luciana Leiderfarb e Rui Gustavo

1941-2025 O seu conterrâneo Karl Ove Knausgaard disse que a sua linguagem ostentava uma “nova elegância antiquada”. E muitos outros colegas escritores o admiravam, como Haruki Murakami, que o traduziu para o japonês, e a norte-americana Lydia Davis, que, segundo a “Paris Review”, aprendeu norueguês a lê-lo. Esta mesma revista — a quem confessou a influência de Knut Hamsun e Thomas Mann — comparou o estatuto de Solstad na Noruega ao de Philip Roth nos EUA ou ao de Günter Grass na Alemanha. Figura cimeira da literatura do seu país e um dos grandes escritores deste tempo, Solstad escreveu uma vintena de livros, entre romances, contos, ensaios e peças teatrais, traduzidos em todo o mundo. Três deles — “Romance 11, Livro 18”, “A Noite do Professor Andersen” e “Pudor e Dignidade” — existem em português. Recebeu três vezes o Prémio da Crítica da Noruega. Perpétuo candidato ao Nobel, nasceu em Sandefjord, no sudeste da Noruega, e começou como jornalista num periódico local. A estreia na ficção foi nos anos 1960, com um pendor político, mas tornou-se mais existencial. Vivia entre Berlim e Oslo. Dizia-se teimoso, “mas não ao ponto de ter a ilusão de que as minhas ideias são a única verdade”. Luciana Leiderfarb

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